sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Desesperança

Arrancaram minhas asas
e ficaram admirando o debater
e os gritos
deste pássaro ferido.

Aos prantos, estive buscando
a cura para este sofrimento.
mas a esperança é apenas uma ilusão
aos sem coragem.

Por medo me permiti sangrar
na farsa perdi meu lar.

O lugar seguro onde escondo
todas essas dores
foi rasgado, invadido
destruído.
Nua de todas as minhas defesas
entregue aos meus abatedores,
deixarei que levem meu corpo
sem alma, para a penumbra
dos tristes mortais.

Tirada de mim mesma,
escondendo as dores do passado e chorando
as frustrações do presente.
Encontro-me sem futuro,
sem brilho
sem rumo.

E na dor do desespero
hei de despejar minhas lágrimas
no leito dos sonhos
desta criança desalmada.