sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Desesperança

Arrancaram minhas asas
e ficaram admirando o debater
e os gritos
deste pássaro ferido.

Aos prantos, estive buscando
a cura para este sofrimento.
mas a esperança é apenas uma ilusão
aos sem coragem.

Por medo me permiti sangrar
na farsa perdi meu lar.

O lugar seguro onde escondo
todas essas dores
foi rasgado, invadido
destruído.
Nua de todas as minhas defesas
entregue aos meus abatedores,
deixarei que levem meu corpo
sem alma, para a penumbra
dos tristes mortais.

Tirada de mim mesma,
escondendo as dores do passado e chorando
as frustrações do presente.
Encontro-me sem futuro,
sem brilho
sem rumo.

E na dor do desespero
hei de despejar minhas lágrimas
no leito dos sonhos
desta criança desalmada.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Sem volta



Não vou me perder 
Na trama das suas confusões
Nem me esquecer
Que vivemos nossas próprias ilusões

O passado insiste em nos perseguir
Em um presente que ainda nos fará cair

A queda dos desavisados
Na urgência dos desesperados
Nestes dias em que desejei fugir
De toda a dor que está por vir

Chegará então a partida 
De uma eternidade que nunca pretendia ser medida
De uma amizade que não pensamos ver rompida

E com todas as cicatrizes não curadas
Com os sentimentos vencidos e a razão ofuscada
Verás este cometa cruzar o céu de sua noite estrelada.

E partir...

sexta-feira, 14 de junho de 2013

À Deriva

Ofuscada por suas luzes
perco estas minhas asas 
por puro atrevimento.

Devo me afastar,
conheço a dor, mas 
enfrentei pecados maiores.

Sua voz me diz que é seguro.
Os seus olhos revelam a 
real intenção.

Num casulo estão presos meus sentimentos.
Longe das ilusões deste breve momento.

Eu quero o castelo
e suas torres.
A chuva de verão,
seus sabores.
O calor das mãos, árvores e livros.

O sonho perdido e a esperança rendida.

Quero o perto e o agora.
Acalentar essa solidão que em meu peito mora.

Finita a chama,
cultivar a alegria.

Cairá minha utopia 
sobre os ombros da tua realidade escurecida.
E nesta confusa distopia onde residem os temores,
deitarei todos os meus amores.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Fears

Há tempos eu era só coração.
No lar obscuro dos meus pensamentos
Escondi as dores, cicatrizei os erros,
Afoguei os amores.

Perdi os sonhos
Calei a esperança
Nem sempre a verdade nos alcança.

Ainda tenho algo de mim,
Ainda creio que não seja esse o fim

De todas as dores
Dos sonhos e dos imperfeitos amores.

Manterei o disfarce até você chegar,
Cairá a máscara quando enfim eu te encontrar.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Refém

É uma dor que não se esvai.
Ela nasce dentro do peito e percorre todo o corpo, se espalhando em cada veia,
preenchendo cada músculo até te dominar por completo.

É um aperto que te machuca.
Uma angústia que te fere.
E não há nada ao seu alcance que possa ser feito.
Não há ninguém ao seu redor que possa ajudar.

Essa dor não vai sarar, ela vai te consumir aos poucos, torturando.
E ainda que você admita a paixão, não será o suficiente.

Você irá sucumbir.