sexta-feira, 14 de junho de 2013

À Deriva

Ofuscada por suas luzes
perco estas minhas asas 
por puro atrevimento.

Devo me afastar,
conheço a dor, mas 
enfrentei pecados maiores.

Sua voz me diz que é seguro.
Os seus olhos revelam a 
real intenção.

Num casulo estão presos meus sentimentos.
Longe das ilusões deste breve momento.

Eu quero o castelo
e suas torres.
A chuva de verão,
seus sabores.
O calor das mãos, árvores e livros.

O sonho perdido e a esperança rendida.

Quero o perto e o agora.
Acalentar essa solidão que em meu peito mora.

Finita a chama,
cultivar a alegria.

Cairá minha utopia 
sobre os ombros da tua realidade escurecida.
E nesta confusa distopia onde residem os temores,
deitarei todos os meus amores.

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