Ofuscada por suas luzes
perco estas minhas asas
por puro atrevimento.
Devo me afastar,
conheço a dor, mas
enfrentei pecados maiores.
Sua voz me diz que é seguro.
Os seus olhos revelam a
real intenção.
Num casulo estão presos meus sentimentos.
Longe das ilusões deste breve momento.
Eu quero o castelo
e suas torres.
A chuva de verão,
seus sabores.
O calor das mãos, árvores e livros.
O sonho perdido e a esperança rendida.
Quero o perto e o agora.
Acalentar essa solidão que em meu peito mora.
Finita a chama,
cultivar a alegria.
Cairá minha utopia
sobre os ombros da tua realidade escurecida.
E nesta confusa distopia onde residem os temores,
deitarei todos os meus amores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário